- Não sou só eu que alerto.
- A diferença entre o erro humano e o erro dos geradores de lero-lero é que o das pessoas é sistemático (eu não entendo nada de futebol ou de física quântica) e o das máquinas de encher linguística é probabilístico (impossível prever onde vai aparecer e que tipo de erro vai sair).
- Quanto menos você conhece o assunto, quanto menos você consegue checar o resultado, maior a probabilidade de erros absurdos passarem batido. Mas o tom do resultado será o mesmo tom de certeza independentemente de quem o solicitou ao gerador de lero-lero e passou adiante. Isso é o caos cognitivo.
- "Ah, mas o produto tal é melhor" "Ah, mas logo logo sai a nova versão que vai ser melhor" O princípio continua valendo: se não checar, ou não tiver como checar, não dá pra confiar.
- "Ah, mas se for checar vou perder todo o tempo que eu ganhei" Pois é. Se tivesse feito pela própria cabeça levava o mesmo tempo e inclusive saía melhor.
- O pessoal se apega ao fato de estar usando a tecnologia e ela dar resultados rápidos formatados de maneira conveniente (o que a @passarimazul.bsky.social chama com boas razões de ritual) como evidência de eficácia. Mas a finalidade do que se faz fica de lado. Importa só a "produtividade".
- A repórter da @nymag.com perguntou a um estudante de Columbia por que quis entrar numa universidade de prestígio se era pra fazer todos os trabalhos com gerador de lero-lero. Ele: "pra conhecer meu futuro sócio e minha futura esposa".
May 9, 2025 22:46
- Há muito poucos anos, eu criticava as uniesquinas por serem instituições de ensino que, na prática, vendiam diplomas em 48 prestações, sem agregar muito ao que os estudantes já trazem de casa e na prática iludindo-os sobre a educação recebida. Com o gerador de lero-lero, até Columbia é assim.